quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O MUNDO DOS SENTIMENTOS (PARTE I): Os prejuízos que podem aparecer quando reprimimos e não aceitamos os nossos sentimentos

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         Em nosso cotidiano, percebemos que muitas vezes temos receio de expressar nossos sentimentos. Frequentemente, nós os encaramos como algo negativo. Se estamos com raiva, tristeza, angústia, desgosto... procuramos não nos permitir sentir estes impulsos. Encaramos estes sentimentos como fraqueza e acabamos por reprimi-los. Mas isso não ocorre apenas com emoções que nos causam dor. Sentimentos prazerosos também são reprimidos por nós. Algumas vezes, quando recebemos elogios, fazemos de tudo para não demonstrar alegria ou satisfação, com o objetivo de assim, não mostrarmos supostos “orgulho” ou “soberba”. Com isso, não nos permitimos sentir a alegria da satisfação de um trabalho bem feito, com receio que os outros se afastem de nós.
Basta olharmos ao nosso redor para percebermos exemplos e mais exemplos de como “demonizamos” nossos sentimentos. Quem nunca ouviu as frases: “homem não chora”, “tristeza é para os fracos”, “não fique angustiado, pois isso é sinônimo de depressão”, “Cuidado com os elogios, pois eles o deixarão orgulhoso”? Todas estas expressões revelam de forma clara como desde cedo somos ensinados a não aceitarmos o que estamos sentindo.
O que muita gente não sabe é que reprimir as emoções é algo extremamente prejudicial. Quando reprimimos nossos sentimentos, escondendo-os de nós mesmos e dos outros, isso não garante que essas emoções irão acabar ou desaparecer. Pelo contrário, elas continuam em algum lugar dentro de nós, mesmo que não saibamos. Nesse sentido, Sigmund Freud, em sua obra “A Psicopatologia da Vida Cotidiana”, afirma: “Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos”. O que este autor quis dizer é que quando escondemos os nossos sentimentos de nós mesmos, eles se mostrarão de alguma forma para nós. Por exemplo: tudo está tranqüilo e calmo, mas interiormente, você sente uma insatisfação e não sabe de onde ela vem. Em outros casos, é o corpo que começa a mostrar sinais: dores inexplicáveis, insônia e problemas de saúde sem qualquer causa física, a qual os psicólogos chamam de “doenças psicossomáticas”. Ou então, seus sentimentos reprimidos podem sair a partir de uma “explosão” emotiva, como um relacionamento desfeito, o emprego abandonado de repente ou uma mudança brusca de vida.
Todos estes comportamentos que, aparentemente parecem não ter nenhuma explicação coerente no nosso dia-a-dia, são, na verdade, as emoções reprimidas durante toda uma vida e que, uma vez acumuladas, explodem diante de uma situação ou de um estímulo qualquer.
O que fazer para aceitar as nossas emoções e saber expressá-las de maneira sadia? É essa questão que procuraremos responder na segunda parte de nosso artigo. Mas por enquanto... pense sobre isso.

                                                                                                    Autor: Arnin Braga

Um comentário:

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