
O
mundo residido por Hobbes[1]
era particularmente abastado em contradições políticas e religiosas. Segundo este filósofo, o ponto
de partida da ação dos homens e, consequentemente, da ação moral e política é o
esforço e empenho denominado por ele de Conatus,
isto é, o movimento que todo ser faz para se autopresrvar. Hobbes utiliza-se da
condição de natureza dos homens a qual ela chama de (estado de guerra), com o
intuito de eliminar a mesma por meio da criação de um Estado soberano. Hobbes emprega
sua teoria política de forma radical, criando de maneira assombrosa o temível Leviatã. Diante desse monstro (Leviatã), os homens[2],
constituídos em seu estado de natureza não suportando mais o ataque de uns
contra os outros acaba abdicando de suas liberdades e colocando-as nas mãos do
Estado e a razão disso é o medo da morte violenta. Hobbes pretende, portanto,
construir sua filosofia política sobre alicerces sólidos e incontestáveis,
tendo como critério o exame da condição dos homens antes da existência do
Estado soberano.


A
Origem e natureza do Estado soberano, diz respeito ao poder absoluto que este
possui diante de seus súditos. Tal aspecto só é compreensível a partir da
trajetória que foi traçada pelo filósofo para que, por meio desse artifício (Estado), se estabelecesse a ordem na
sociedade como também a segurança à vida de seus súditos. A razão disso é
tentar compreender a situação hipotética (ou real) dos homens sem o deus mortal
(o Leviatã). O estado de guerra em que se encontram os homens é a
falta de um poder organizador, este assegurado por um pacto. O Estado sem a
ação das leis e da justiça leva os homens a anular esse pacto. Por conseguinte,
para Hobbes, é preciso que o homem "não faça ao outro aquilo que não
gostaria que fizesse a si", é preciso, então, que os homens evitem tudo o
que prejudique a concórdia; que o mal seja vingado sem crueldade.

"O homem é lobo
do homem, em guerra de todos contra todos".
Thomas Hobbes
Autor: Carlos Augusto
[1] HOBBES, Thomas. Leviatã. Vol (I)São Paulo: Nova
Cultural, 1988.
[2] LIMONGI, Maria
Isabel. O Homem excêntrico - paixões e
virtudes em Thomas Hobbes. São Paulo: Loyola, 2009.
[3] CHITOLINA, Claudinei Luiz; PEREIRA, José
Aparecido; OLIVEIRA, Lino Batista de; BORDIN, Reginaldo Aliçandro (Orgs.). Estado, Indivíduo e Sociedade - problemas
contemporâneos. Jundiaí: Paco Editorial, 2012.
Gostei muito Carlos...continue assim!
ResponderExcluirMuito bom este blog. Adorei os textos daqui, são ótima inspiração.
ResponderExcluirQue bom que gostou..serve de motivação para postar mais.
Excluiradorei. me ajudou bastante em um trabalho.bjs sucesso.Deus abençoe.
ResponderExcluirficamos felizes que tenha sido útil pra você. Um grande abraço
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