A todo momento temos
que escolher, ou seja, decidir entre uma coisa e outra, seja decidir sobre
grandes coisas ou pequenas coisas, mas sempre temos que escolher; até mesmo
quando não escolhemos uma coisa ou outra estamos escolhendo, pois quando
decidimos não escolher isso já é uma escolha. Diria o filósofo Sartre: “o homem
está condenado a ser livre”.
Tenho reflexões
suficientes para acreditar que a emoção exerce maior influência em nossas decisões.
Segundo A. Cencini e A. Manenti quando nos deparamos com determinada situação
nossa avaliação acerca dessa situação é fundamentada no “agrada-me” – “não me
agrada”. Ou seja, se a situação é agradável, então, seguimos em direção a ela,
mas se é julgada como indesejável, então, fugimos dela. Aqui está a grande
questão, pois se em todas nossas decisões a emoção prevalecer, então, não
alcançaremos um amadurecimento pessoal, devido que amadurecer é ter, muitas das
vezes, que tomar decisões que nos causam muita dor. E isso não quer dizer que
devemos buscar o sofrimento, mas sim que devemos reconhecer que em nossa vida
nem sempre teremos momentos felizes, ou seja, alegria e sofrimento andam de
mãos dadas. Podemos escolher continuar sendo infantis, buscando somente o que é
agradável, ou podemos escolher dar um passo rumo a maturidade aceitando nossa
condição existencial que não é feita somente de momentos alegres, mas também
não é somente marcada por dor e sofrimento.
O perigo de vermos o
mundo somente com os olhos da emoção, ou seja, não como ele realmente é; e sim
de acordo com nossa memória afetiva está, no fato que podemos confundir nosso
estado de espírito com o mundo ao nosso redor, por exemplo, se se está alegre a
“realidade” acaba sendo percebida por nós como “alegre”. Os fanáticos acham que
a forma que percebem o mundo é única, e que as demais pessoas devem se submeter
a “verdade” que eles de certa forma tentam impor.
É interessante dizer
que o processo de tomada de decisão sempre começa com o querer emocional, mas não devemos ficar somente nele. Ou seja, o
primeiro impacto com a realidade é sempre emotiva. Entretanto, devemos dá um
passo a mais até o querer racional
que tomam suas decisões se baseando no “me é útil” – “não me é útil”. Trata-se
de uma avaliação que ultrapassa o prazer e desprazer, por exemplo, estudar para
fazer o vestibular pode ser desprazeroso, mas eu pergunto: não é importante? Podemos dizer basicamente que o querer racional está ligado àquilo que é
importante e o que não é; devemos estar atentos, pois nem sempre o que é
importante é prazeroso.
Nesse sentido,
podemos dizer que há muitos conflitos entre a razão e a emoção no processo de
decisão. Por isso antes de agirmos é preciso experimentar, avaliar e julgar
para que nossa decisão seja consciente e madura, pois imaginem se não fizermos
isso nas grandes decisões que precisamos tomar em nossa vida. Provavelmente nos
frustraremos, por exemplo, um homem e uma mulher namorando decidem se casar se
baseando somente na paixão que tem um pelo outro. Ou melhor, sem saberem se é
amor ou não, pois o que vemos é que geralmente a paixão é confundida com amor. Assim,
tal decisão foi tomada sem a participação do querer racional, ou seja, não foi avaliada e muito menos julgada
pela razão. Pois, uma decisão avaliada conscientemente é duradoura no caso de
uma decisão de se casar é extremamente importante esse critério, dado que tal
decisão faz parte do grupo das grandes decisões. Até mesmo para ler esse texto
foi escolha sua, lembre-se disso estamos escolhendo o tempo todo, e nisso
pergunto: você sabe o que está escolhendo
para construir sua existência? Pense sobre isso. Se tiverem interesse em
ler mais sobre este assunto, sugiro que pesquisem sobre os trabalhos de Amedeo
Cencini e Alessandro Manenti dois psicólogos italianos os quais leio bastante.
Autor: Anderson Sales
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Bom texto, Anderson... sugeriria a leitura de Kant sobre o assunto, o que achas? kkkkkk
ResponderExcluirboa sugestão Donizeti...eu quando pensei nesse texto nem lembrei de Kant..irei sim ler Kant acerca desse assunto!!
ResponderExcluirBom texto primo! Sugiro a leitura da "Trama da existencia humana" de Ivanildo Sales Chaves rsrsrs... um abracao!!!
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