
Não sou contra a liberdade,
e nem a favor de um chamado socialismo comunista onde todos teriam os mesmos
direitos, as mesmas escolhas, mas não me conforme em ver a sociedade
valorizando coisas irreais e desvalorizando, por exemplo, a cultura. Percebemos
o quanto o brasileiro valoriza o futebol, dá a vida pelo time de coração e se
alguém o retruca é sinal de briga na certa, quantos desses defendem seus
coirmãos miseráveis que mendigam nas ruas por um pão? Quantos desses se preocupam com seu
lado espiritual? Quantos desses gastam o dinheiro do ingresso em um bom livro
para ajudar o seu paladar intelectual? A realidade não é outra: são poucos.
Está chegando o carnaval, e
muitos gastam aquilo que não tem em festas, bebidas, sexo e muitas outras
coisas, e passam o resto do mês ou até mesmo o ano mendigando o pão, o remédio,
o transporte e até mesmo nas bebedeiras. Muitos dizem que isso é cultura,
folclore mais será verdade isso? O que será mesmo uma cultura, exercida por um povo?
Quem sabe dar esta resposta.
Será que estamos perdendo nossa identidade? Ou será que
nunca tivemos uma? Não precisamos de seres moralizantes, mesquinhos que queiram
impor um forma de viver, mas precisamos de pessoas com um mínimo de consciência
possível sobre a sua realidade, sobre o seu meio político, sobre o seu meio
social, temos isso? Acredito que muito pouco, quando vejo alguém lendo um
jornal raramente esta na pagina de economia, educação, em uma situação dessas o
que vemos é a pagina policial e o esporte esse ultimo com toda a certeza o mais
lido.
Quando digo isso não estou querendo afirmar que não
devemos ter um meio de lazer, uma tranqüilidade pessoal, mas quando isso se
torna o essencial, o principal objetivo decaímos em uma realidade fora do mundo
critico baseada apenas no senso comum, precisamos mudar essa realidade. Antes que seja tarde demais. Pense
sobre isso.
Autor: Douglas Blanco