

Somos jovens, temos vozes e direito de
expressão, ainda que teoricamente, no entanto, nem sempre somos prestigiados,
raramente temos a devida atenção, quando na verdade, deveríamos ter voz ativa,
pois o futuro da nação depende de nós.
A sociedade vive um momento crítico,
chegamos a um ponto lamentável onde a corrupção faz parte da nossa realidade
como se fosse algo “normal”. Este “câncer” está se alastrando Brasil a fora, e
não podemos deixar que essa praga continue assolando nossa pátria. Temos uma
responsabilidade imensa que é garantir aos nossos sucessores uma sociedade onde
ainda seja possível viver e não sobreviver, mas é preciso que nos tornemos
cidadãos, não aquele que vive na sociedade, como alguns costumam conceituar o
cidadão: “cidadão é aquele que vive na sociedade”. É lamentável. Viver na
sociedade não é a única condição para sermos cidadãos, aliás, não consigo imaginar
um cidadão fora da sociedade, mas também desconheço essa sociedade onde todos
que a compõem têm consciência do que é ser cidadão. Não basta está na
sociedade, é preciso consciência de ser cidadão e não permitir que uma minoria
escolha o que é melhor para a sociedade.
Não podemos formar cidadãos sem um processo
responsável de educação e conscientização. Fico muito feliz em saber que 78%
dos jovens que foram às ruas têm ensino superior. Isso ressalta aquilo que
nossos professores incansavelmente falaram e que hoje nós falamos nas salas de
aula: não existem mudanças sem educação. Toda e qualquer mudança começa pelo
processo educacional.
Mas esse processo educacional também
precisa ser transformado, uma vez que a educação no Brasil é tratada como
mercadoria e não como direito de todo e qualquer cidadão brasileiro.

Queremos mais educação, mais saúde, mais
segurança, mas lazer e não somente “política do pão e do circo”. Queremos ser
cidadãos também, no momento das aprovações de políticas públicas que visam o
bem comum.
O Brasil acordou, o povo percebeu o tamanho
do poder que temos, a juventude reassumiu seu poder de decisão e está
transformando em lutas seus desejos e anseios. Vamos lutar, vamos reivindicar o
que é nosso, afinal, um jovem que não questiona não é jovem.
Professor
Adenilton Cunha.