Já faz um tempo que não escrevo para o
blog, e esses dias pensando, resolvi escrever um texto refletindo acerca da
família ou acerca daquelas pessoas que para nós são como se fosse da família,
por exemplo, nossos amigos.
Antes de começar a destrinchar o seguinte
texto, gostaria de dizer que estarei refletindo acerca daquelas pessoas que sabem
valorizar seus entes queridos e não sobre aquelas que não sabem. Talvez em uma
próxima oportunidade eu escreva um texto sobre essas pessoas, mas não será
nessa reflexão. Muito bem, vamos lá.
Todos nós construímos laços ao longo de
nossa história. Por exemplo, geralmente na infância sempre temos alguém da
família que admiramos muito, e não só admiramos como também aprendemos valores;
valores que regem nossa vida. E na medida que vamos saindo da infância, esse
laço se torna mais forte e é esse sentimento que torna a família incorruptível.
Contudo, as coisas parecem bem até perdermos um ente querido, que como disse
pode ser alguém da família ou um amigo. O sentimento que surge com a perda é
tão grande que parece ser insuperável, tudo parece perder o sentido, é
constante as imagens que chegam na nossa mente desse ente querido.
A partir disso podemos nos perguntar: por que isso? Porque essa dor tão grande e
que parece que não vai passar nunca? A questão é que quando criamos um laço
com um ente querido, junto com esse laço criamos também a “ilusão” de que a
existência de tal pessoa nunca irá desfalecer. O curioso é que sabemos que as
pessoas morrem e que somente ficamos com as lembranças dessas pessoas, mas
mesmo assim escolhemos acreditar que essas pessoas nunca morrerão. Assim a dor
inefável invade nossa alma quando um ente querido morre, isso por que não
aceitamos que tal ente morreu.
Contudo, devo dizer que isso é normal,
agora não será normal se nossa vida não continuar quando perdemos um ente
querido, ou seja, no momento da perda a nossa vida vai parecer perder o sentido,
mas só parecer, pois na verdade algo importante foi tirado de nós, por isso o
sentimento de perda de sentido; não podemos deixar a dor da perda tomar conta
de todo nosso ser e lá permanecer. Devemos dá continuidade a nossa vida.
É interessante dizer que a cicatriz
deixado pela perda de um ente querido nunca fica totalmente curada, pois afinal
algo foi tirado de nós e não retornará, mas também é interessante dizer que as
lembranças que temos desse ente querido nunca será tirado de nós; e são essas
lembranças que nos darão forças para sorrir novamente e para sabermos que alguém
muito importante para nós existiu. Pense sobre isso.
Autor: Anderson Sales
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