segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O cotidiano de uma realidade brasileira!

Sigam-nos: https://www.facebook.com/Nuforhpan-728995427279837/

Durante esse ano fiquei pensando sobre a nossa real “realidade”, isso mesmo nada de redundância, e sim conformismo com o supérfluo, e isso o brasileiro sabe de “cor e salteado”. Nos importamos com o que esta fora e longe de ser importante, e aquilo que realmente precisamos dar valor cotidianamente jogamos fora, a isso alguns chamam de escolha eu mesmo prefiro chamar de miséria.
Não sou contra a liberdade, e nem a favor de um chamado socialismo comunista onde todos teriam os mesmos direitos, as mesmas escolhas, mas não me conforme em ver a sociedade valorizando coisas irreais e desvalorizando, por exemplo, a cultura. Percebemos o quanto o brasileiro valoriza o futebol, dá a vida pelo time de coração e se alguém o retruca é sinal de briga na certa, quantos desses defendem seus coirmãos miseráveis que mendigam nas ruas por um pão? Quantos desses se preocupam com seu lado espiritual? Quantos desses gastam o dinheiro do ingresso em um bom livro para ajudar o seu paladar intelectual? A realidade não é outra: são poucos.
Está chegando o carnaval, e muitos gastam aquilo que não tem em festas, bebidas, sexo e muitas outras coisas, e passam o resto do mês ou até mesmo o ano mendigando o pão, o remédio, o transporte e até mesmo nas bebedeiras. Muitos dizem que isso é cultura, folclore mais será verdade isso? O que será mesmo uma cultura, exercida por um povo? Quem sabe dar esta resposta.
Será que estamos perdendo nossa identidade? Ou será que nunca tivemos uma? Não precisamos de seres moralizantes, mesquinhos que queiram impor um forma de viver, mas precisamos de pessoas com um mínimo de consciência possível sobre a sua realidade, sobre o seu meio político, sobre o seu meio social, temos isso? Acredito que muito pouco, quando vejo alguém lendo um jornal raramente esta na pagina de economia, educação, em uma situação dessas o que vemos é a pagina policial e o esporte esse ultimo com toda a certeza o mais lido.
Quando digo isso não estou querendo afirmar que não devemos ter um meio de lazer, uma tranqüilidade pessoal, mas quando isso se torna o essencial, o principal objetivo decaímos em uma realidade fora do mundo critico baseada apenas no senso comum, precisamos mudar essa realidade. Antes que seja tarde demais. Pense sobre isso.
                                                                              Autor: Douglas Blanco

4 comentários:

  1. É Douglas, por essas e por outras que me sinto cada dia mais um estranho fora do ninho... Gostei do texto, a ponto de levantar uma questão a debate: não seria essa "realidade" fruto de uma crise de identidade coletiva?...

    ResponderExcluir
  2. Pois é Donizete, acredito que as junções individuais monopolizaram o coletivo, ou seja, o povo esta acostumado a repetir o que os outros fazem, trocando em miúdos, "Maria Vai com as outras", por exemplo o Neymar antes de seus 3 milhões mensais era quem? um magrelo, feio que não era visto por ninguém, acredito que precisamos derrubar os ídolos como já afirmava Nietzsche. O que você acha?

    ResponderExcluir
  3. de fato, Nietzsche é muito importante para análise de uma sociedade de rebanho como a que temos hoje em dia. Tão temível quanto essa atitude é a dos que a manipulam, talvez aí esteja a dica platônica do filósofo que, saindo da caverna, tem a incumbência de alertar os demais para que se voltem para a realidade, e saiam do mundo das sombras... quem sabe não seria essa a função da filosofia nos dias de hoje?

    ResponderExcluir
  4. Concordo plenamente que o papel do filósofo é justamente abrir os olhos da razão há aqueles que não aceitam a realidade, só que este rebano ao qual Nietzsche correlacionou não é nada perto do qual vivemos hoje, este é um rebanho forçado, mesquinho, interesseiro muito maior do que podemos enxergar. Mas temos este papel, saímos da caverna, pelo menos alguns.

    ResponderExcluir

O VAZIO EXISTENCIAL E A BUSCA DE SENTIDO: Como evitar o primeiro e encontrar o segundo?

O cotidiano é o lugar onde a vida realmente acontece. Nele vivemos nosso dia-a-dia, nos relacionamos, realizamos nossas atividades e exi...